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criacorvos


Sábado, 31.08.19

Um velhinho caminhava

Um velhinho caminhava

Um velhinho caminhava

Enquanto eu reparava

Onde o velhinho seguia.

Segurava em sua mão -bis

Uma beirinha de um pão -bis

E uma voz que assim dizia. .bis

Já não vejo como via

Não posso como podia

Já se foi a mocidade.

Quando a velhice aparece---bis

Aqui está o que acontece -bis

A quem chega à minha idade --bis

Coitado de quem é pobre

Que pede à porta de um nobre

Uma fatia de pão.

Mal pró pedinte repara   -bis

Bate-lhe a porta na cara - bis

Tratando-o como um cão. -bis

Disse-me então o velhinho

Com voz cheia de carinho

Nunca maltrates ninguém

Que a vida é cruel em vão -bis

E de hoje prá manhã . bis

Tu és velhinho também. .bis

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por lino47 às 23:44

Domingo, 16.06.19

O Timpanas

O Timpanas

De jaleca e bota alta

a reinar com toda  malta

é o rei das traquitanas

o Timpanas.

O pinoia da boleia

de chapeu à patoleia

faz juntar o mulherio

no Rossio.

Quando levo as bailarinas

do teatro ao Lumiar

bailo eu e baila a sege

e as pilecas a bailar.

No bolieiro de Lisboa

Não é lá qualquer pessoa

que as pilecas dão nas vistas

são fadistas.

São cavalos de alta escola

o das varas toca viola

e o da sela que é malhado

bate o fado.

Quando bato p´rás Marmotas

roda acima e roda abaixo

eu dou vinho aos meus cavalos

mas sou eu que estou borracho.

Já andei por tanta espera

Já levei tanto boléu

já conheço tantos bois

que já lhes tiro o chapeu

De jaleca e bota alta.

a reinar com toda  malta

é o rei das traquitanas o timpanas.

.....................................

.....................................

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por lino47 às 12:03

Domingo, 30.04.17

Fado O Cacilheiro

O Cacilheiro

 

Quando eu era rapazote.

Levei comigo no bote.

Uma varina atrevida.

Manobrei e gostei dela.

E lá me atraquei a ela.

Pró resto da minha vida.

Às vezes numa pessoa.

A saudade não perdoa.

Faz bater o coração.

Mas sinto grande vaidade.

Em viver a mocidade.

Dentro desta geração.

 

Refrão

 

Sou marinheiro.

Deste nobre cacilheiro.

Dedicado companheiro.

Pequeno berço do povo.

E navegando.

A idade foi chegando.

O cabelo branqueando.

Mas o Tejo é sempre novo.

Todos moram numa rua.

A que chamam sempre sua.

Mas eu cá não os invejo.

O meu bairro é sobre as águas.

Que cantam as suas máguas.

E a minha rua é o Tejo.

Certa noite de luar.

Vinha eu a navegar.

E de pé junto à proa.

Eu vi ou então sonhei.

Que os braços do Cristo-Rei.

Estavam a abraçar lisboa.

 

Refrão

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por lino47 às 22:28

Domingo, 30.04.17

Fado Bairro Alto

Bairro Alto

Bairro Alto aos seu amores tão delicados.

Quis um dia dar nas vistas.

E saiu com os trovadores mais o fado.

Pra fazer suas conquistas.

Tangeram liras sigelas,

Lisboa abriu as janelas,

Acordou em sobressalto.

Gritaram bairros à toa,

Silêncio velha Lisboa,  

Vai cantar o Bairro Alto. 

Refrão

Trovas antigas, saudade louca,

Andam cantigas a bailar de boca em boca.

Tristes bizarras, em comunhão,

Andam guitarras a gemer de mão em mão.

 

Por isso é que mereceu fama de boémio

Por condão ou fatalista

Atiraram-lhe com a lama como prémio.

Por ser nobre e ser fadista.

Hoje saudoso e velhinho,

Recordando com carinho

Seus amores, suas paixões.

Pra cumprir a sina sua

Ainda vem pró meio da rua

Cantar as suas canções.

Refrão

Trovas antigas 

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por lino47 às 21:42

Domingo, 30.04.17

Fado A Júlia Florista

 

 

 

Fado A Júlia florista

 

A Júlia Florista

Boémia Fadista

Diz a tradição.

Foi nessa Lisboa

Figura de prôa

Da nossa canção.

Figura bizarra

Que ao som da guitarra

Seus fados viveu.

Vendia flores

Mas os seus amores

Jamais os vendeu.

 Refrão

Ó Júlia Florista

Tua linda história

Que o tempo marcou

Na nossa memória

Ó Júlia florista,

Tua voz ecoa

Nas noites bairristas,

Boémias fadistas

da nossa Lisboa

 

Chinela no pé

Um ar de ralé

No jeito de andar

Se a Júlia passava

Lisboa parava

prà ouvir cantar. 

No ar o pregão

na boca a canção

Falando de amor

Encostado ao peito

a graça e o jeito

do cesto das flores.

 

Refrão

Ò Júlia Florista

Tua linda história

Etc, etc. 

 

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por lino47 às 20:33

Domingo, 30.04.17

Fado do burro malhado

Fado do Burro Malhado

 

Certo dia que lá vai,

Passeava o filho e o pai,

Num prado cheio de fllores.

Viram um burro malhado,----(

Com o coiso pendurado,------)Bis

A pensar nos seus amores.--(

 

Pergunta o miúdo e bem,

Olhe o que o burro ali tem,

O que é aquilo paizinho?

E o pai atrapalhado,-----------(

A gaguejar e corado,----------)Bis

É o burro que é doentinho.-(

 

Passou-se um mês e também,

A passear com a mãe,

Deu-se a mesma situação,

Lá estva o burro á maneira, -(

Com aquela parvoeira,---------)Bis

Que até batia no chão.---------(

 

Mãe olha aquele burrinho

Que está muito doentinho

E a senhora até corou.

Concerteza vai morrer,-----(

Ele já está a sofrer,-----------)Bis

Foi o pai que me ensinou.-(

 

Ora, ora diz a mãe,

Teu pai não regula bem

Nem é lição que se desse.

Ai pobre do meu Jaquim,--(

Uma doença assim,----------)Bis

Queria eu que ele tivesse.-(

 

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por lino47 às 18:19

Domingo, 30.04.17

Fado do Zé Maria Nicolau

Fado do Zé maria Nicolau

 

Zé Maria Nicolau, foi arrear o calhau,

Lá pra trás dum barracão.

Mas uma abelha de mel,-(

Veio ferrar o pincel,--------)Bis

E lá deixou o cordão.------(

 

Com a picha logo em brasa, foi a correr para casa,

E banhou com água fria.

Mas era grande o inchaço,--(

E que grande calhamaço-----)Bis

Que nem nas calças cabia.--(

 

E Tozé todo a tremer, ó mulher eu vou morrer

E lá foram pró hospital.

E diz o cirurgião,--------(

Pode ganhar infecção-)Bis

Até pode ser fatal.------(

 

Acuda-me aqui ó doutor, não aguento esta dor,

Já me estou a sentir mal.

Lá  diz o cirurgião,-----------(

Vai levar uma injecção------)Bis

E vai vai voltar ao normal.-(

 

Grita a mulher, senhor doutor,

Dê-lhe a injecção no braço.

Pode tirar o ferrão,------------(

Pode tirar a infecção,---------)Bis

Mas não lhe tire o inchaço.-(

 

 

 

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por lino47 às 15:56

Segunda-feira, 16.01.17

Fado Meu irmão agricultor

Fado do meu Irmão Agricultor

 

Meu irmão agricultor,

A estudar para doutor,

Quis fazer a munginção.

Primeiro foi às vaquinhas-----(

Logo a seguir as cabrinhas---)Bis

Pra tirar o leite á mão-----------( 

      

E logo naquele dia

Já a hora ia tardia

Todo o céu escureceu

Ouviu-se ao longe um trovão-(

E naquele barracão---------------)Bis

Ficou escuro como bréu.-------(

 

E ele às apalpadelas

Foi mexer nas tetas delas

Já estava a suar.

Mas a grande cabra preta---(

Não deixou mexer na teta---)Bis

E pôs-se logo a berrar.-------(

 

Fazendo força a espremer

Não vendo o leite a correr

Ficou fulo o meu irmão.

Escusas de estar a berrar-------(

Dois litros tu tens de dar---------)Bis

É o mesmo que as outras dão--(.

 

Entra a mulher no palheiro

E acende o candeeiro

Oh homem mas que pagode

Isso até parece mal

Deixa lá o animal---------)Bis

Tu estás a mugir o bode .)

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por lino47 às 20:52

Quinta-feira, 27.10.16

Fado A Chuva

A Chuva

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
Da história da gente
E outras de quem nem o nome
Lembramos ouvir
São emoções que dão vida
À saudade que trago
Aquelas que tive contigo
E acabei por perder

Há dias que marcam a alma
E a vida da gente
E aquele em que tu me deixaste
Não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moço perdido
Gritava à cidade
Que o fogo do amor sob chuva
Há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
Meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade...

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por lino47 às 15:04

Quarta-feira, 26.10.16

Fado Não venhas tarde

Não venhas tarde 

 

Não venhas tarde

Dizes-me sem azedume

Quando o teu coração arde

Na fogueira do ciúme.

 

Não venhas tarde

Dizes-me tu da janela

Eu venho sempre mais tarde 

Porque não sei fugir dela.

 

Tu sabes bem

Que eu vou para outra mulher

Que ela me prende também

Que eu só faço o que ela quer.

 

Sem alegria

Eu confesso tenho medo

Que tu me digas um dia,

meu amor não venhas cedo.

 

Por hironia

Pois nunca sei onde vais

Que eu chegue cedo um dia

E seja tarde demais.

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por lino47 às 14:00


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