Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Não venhas tarde
Não venhas tarde
Dizes-me sem azedume
Quando o teu coração arde
Na fogueira do ciúme.
Não venhas tarde
Dizes-me tu da janela
Eu venho sempre mais tarde
Porque não sei fugir dela.
Tu sabes bem
Que eu vou para outra mulher
Que ela me prende também
Que eu só faço o que ela quer.
Sem alegria
Eu confesso tenho medo
Que tu me digas um dia,
meu amor não venhas cedo.
Por hironia
Pois nunca sei onde vais
Que eu chegue cedo um dia
E seja tarde demais.
Teus olhos castanhos
Teus olhos castanhos
De encantos tamanhos
São pecados meus.
São estrelas fulgentes,
Brilhantes, luzentes,
Caídas do céus.
Teus olhos risonhos,
São mundos são sonhos,
São minha cruz.
Teus olhos castanhos,
De encantos tamanhos,
São raios de luz.
Olhos azuis são ciúmes,
E nada valem pra mim.
Olhos meigos são queixume,
Duma tristeza sem fim.
Olhos verdes são traição,
São crueis como punhais.
Olhos bons com coração, |
Os teus, castanhos ,leais | BIS
Moda das tranças pretas
Como era linda com seu ar namoradeiro
Até lhe chamavam menina das tranças pretas
Pelo Chiado caminhava o dia inteiro
Apregoando raminhos de violetas.
E as meninas da alta roda que passavam
Ficavam triste a pensar no seu cabelo
Todas olhavam esse novo penteado
E a pouco e pouco todas deixaram cresce-lo.
Passaram dias e as meninas do Chiado
Usavam tranças enfeitadas com violetas
Todas gostavam do seu novo penteado
E assim nasceu a moda das tranças pretas.
Da violeteira já ninguem hoje tem esperanças
Deixou saudade, foi-se embora e à noitinha
Está o Chiado carregado com mil tranças | BIS
Mas tranças pretas ninguém tem como ela as tinha|
A lenda da Fonte
Maria do Monte,
Nascida e criada,
Na encruzilhada,
Que fica defronte,
Da fonte sagrada.
A lenda é antiga,
Mas há quem a conte,
Que descia o monte,
Uma rapariga,
Pra beber na fonte.
E aquela hora,
Por ela marcada,
De noite ou de dia,
O Chico da nora,
Na encruzilhada,
Esperava a Maria,
Seguiam depois,
Bem juntos os dois,
Ao longo da estrada,
Matar de desejos,
A sede com beijos,
Na fonte sagrada.
Mas um certo dia,
Como era esperada,
Na encruzilhada ,
Não veio a Maria,
Há hora marcada.
Seus olhos divinos,
Pra sempre fechou.
A aldeia rezou,
Tocaram os sinos,
E a fonte secou.
E aquela hora,
Por ela marcada,
De noite ou de dia,
O Chico da nora
Na encruzilhada
Esperava a Maria.
Mas oh santo deus
Escureceram os ceus,
Finou-se a beldade.
E diz-se no monte (
Que a velhinha fonte, )Bis
Secou de saudade. (
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.