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criacorvos



Domingo, 30.04.17

Fado O Cacilheiro

O Cacilheiro

 

Quando eu era rapazote.

Levei comigo no bote.

Uma varina atrevida.

Manobrei e gostei dela.

E lá me atraquei a ela.

Pró resto da minha vida.

Às vezes numa pessoa.

A saudade não perdoa.

Faz bater o coração.

Mas sinto grande vaidade.

Em viver a mocidade.

Dentro desta geração.

 

Refrão

 

Sou marinheiro.

Deste nobre cacilheiro.

Dedicado companheiro.

Pequeno berço do povo.

E navegando.

A idade foi chegando.

O cabelo branqueando.

Mas o Tejo é sempre novo.

Todos moram numa rua.

A que chamam sempre sua.

Mas eu cá não os invejo.

O meu bairro é sobre as águas.

Que cantam as suas máguas.

E a minha rua é o Tejo.

Certa noite de luar.

Vinha eu a navegar.

E de pé junto à proa.

Eu vi ou então sonhei.

Que os braços do Cristo-Rei.

Estavam a abraçar lisboa.

 

Refrão

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por lino47 às 22:28

Domingo, 30.04.17

Fado Bairro Alto

Bairro Alto

Bairro Alto aos seu amores tão delicados.

Quis um dia dar nas vistas.

E saiu com os trovadores mais o fado.

Pra fazer suas conquistas.

Tangeram liras sigelas,

Lisboa abriu as janelas,

Acordou em sobressalto.

Gritaram bairros à toa,

Silêncio velha Lisboa,  

Vai cantar o Bairro Alto. 

Refrão

Trovas antigas, saudade louca,

Andam cantigas a bailar de boca em boca.

Tristes bizarras, em comunhão,

Andam guitarras a gemer de mão em mão.

 

Por isso é que mereceu fama de boémio

Por condão ou fatalista

Atiraram-lhe com a lama como prémio.

Por ser nobre e ser fadista.

Hoje saudoso e velhinho,

Recordando com carinho

Seus amores, suas paixões.

Pra cumprir a sina sua

Ainda vem pró meio da rua

Cantar as suas canções.

Refrão

Trovas antigas 

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por lino47 às 21:42

Domingo, 30.04.17

Fado A Júlia Florista

 

 

 

Fado A Júlia florista

 

A Júlia Florista

Boémia Fadista

Diz a tradição.

Foi nessa Lisboa

Figura de prôa

Da nossa canção.

Figura bizarra

Que ao som da guitarra

Seus fados viveu.

Vendia flores

Mas os seus amores

Jamais os vendeu.

 Refrão

Ó Júlia Florista

Tua linda história

Que o tempo marcou

Na nossa memória

Ó Júlia florista,

Tua voz ecoa

Nas noites bairristas,

Boémias fadistas

da nossa Lisboa

 

Chinela no pé

Um ar de ralé

No jeito de andar

Se a Júlia passava

Lisboa parava

prà ouvir cantar. 

No ar o pregão

na boca a canção

Falando de amor

Encostado ao peito

a graça e o jeito

do cesto das flores.

 

Refrão

Ò Júlia Florista

Tua linda história

Etc, etc. 

 

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por lino47 às 20:33

Domingo, 30.04.17

Fado do burro malhado

Fado do Burro Malhado

 

Certo dia que lá vai,

Passeava o filho e o pai,

Num prado cheio de fllores.

Viram um burro malhado,----(

Com o coiso pendurado,------)Bis

A pensar nos seus amores.--(

 

Pergunta o miúdo e bem,

Olhe o que o burro ali tem,

O que é aquilo paizinho?

E o pai atrapalhado,-----------(

A gaguejar e corado,----------)Bis

É o burro que é doentinho.-(

 

Passou-se um mês e também,

A passear com a mãe,

Deu-se a mesma situação,

Lá estva o burro á maneira, -(

Com aquela parvoeira,---------)Bis

Que até batia no chão.---------(

 

Mãe olha aquele burrinho

Que está muito doentinho

E a senhora até corou.

Concerteza vai morrer,-----(

Ele já está a sofrer,-----------)Bis

Foi o pai que me ensinou.-(

 

Ora, ora diz a mãe,

Teu pai não regula bem

Nem é lição que se desse.

Ai pobre do meu Jaquim,--(

Uma doença assim,----------)Bis

Queria eu que ele tivesse.-(

 

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por lino47 às 18:19

Domingo, 30.04.17

Fado do Zé Maria Nicolau

Fado do Zé maria Nicolau

 

Zé Maria Nicolau, foi arrear o calhau,

Lá pra trás dum barracão.

Mas uma abelha de mel,-(

Veio ferrar o pincel,--------)Bis

E lá deixou o cordão.------(

 

Com a picha logo em brasa, foi a correr para casa,

E banhou com água fria.

Mas era grande o inchaço,--(

E que grande calhamaço-----)Bis

Que nem nas calças cabia.--(

 

E Tozé todo a tremer, ó mulher eu vou morrer

E lá foram pró hospital.

E diz o cirurgião,--------(

Pode ganhar infecção-)Bis

Até pode ser fatal.------(

 

Acuda-me aqui ó doutor, não aguento esta dor,

Já me estou a sentir mal.

Lá  diz o cirurgião,-----------(

Vai levar uma injecção------)Bis

E vai vai voltar ao normal.-(

 

Grita a mulher, senhor doutor,

Dê-lhe a injecção no braço.

Pode tirar o ferrão,------------(

Pode tirar a infecção,---------)Bis

Mas não lhe tire o inchaço.-(

 

 

 

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por lino47 às 15:56


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