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O Cacilheiro
Quando eu era rapazote.
Levei comigo no bote.
Uma varina atrevida.
Manobrei e gostei dela.
E lá me atraquei a ela.
Pró resto da minha vida.
Às vezes numa pessoa.
A saudade não perdoa.
Faz bater o coração.
Mas sinto grande vaidade.
Em viver a mocidade.
Dentro desta geração.
Refrão
Sou marinheiro.
Deste nobre cacilheiro.
Dedicado companheiro.
Pequeno berço do povo.
E navegando.
A idade foi chegando.
O cabelo branqueando.
Mas o Tejo é sempre novo.
Todos moram numa rua.
A que chamam sempre sua.
Mas eu cá não os invejo.
O meu bairro é sobre as águas.
Que cantam as suas máguas.
E a minha rua é o Tejo.
Certa noite de luar.
Vinha eu a navegar.
E de pé junto à proa.
Eu vi ou então sonhei.
Que os braços do Cristo-Rei.
Estavam a abraçar lisboa.
Refrão
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